O Governo vai avançar com o anunciado perdão da dívida histórica da CP, tendo contratado a EY e a sociedade de advogados Sérvulo & Associados para assessorar esta operação que visa retirar cerca de 1,8 mil milhões de euros do balanço da empresa pública de transportes ferroviários.
A operação estava prevista para ocorrer até ao final do ano, mas o Jornal Económico apurou que poderá passar para o próximo ano e estar incluída na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2024, que será apresentado hoje.
No final de 2022, a quase totalidade (84%) da dívida histórica da CP está nas mãos da Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). Ao longo dos últimos anos, tanto o ministro das Finanças como o ministro das Infraestruturas, João Galamba, têm defendido o saneamento da dívida da CP como fundamental para que a companhia possa cumprir a sua missão de serviço público e concretizar a compra de novos comboios. Tal como o Jornal Económico avançou na sua edição de 12 de outubro de 2023, este saneamento é necessário para que a CP possa financiar-se junto de outras fontes para comprar os aparelhos.
O Jornal Económico procurou obter esclarecimentos junto dos ministérios das Finanças e das Infraestruturas, mas até ao fecho da edição tal não foi possível.