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Galp anuncia reservas de 10 mil milhões na concessão da Namíbia

Em causa estão as reservas de petróleo “de alta qualidade de petróleo” localizadas na Namíbia, que a energética deu a conhecer em janeiro.

A Galp anunciou este domingo, 21 de abril, que as reservas de hidrocarbonetos do complexo Mopane – no qual está a explorar vários poços – ascendem a, pelo menos, “10 mil milhões de barris de equivalente a petróleo”. “Se não mais”, sublinha a petrolífera portuguesa numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. 

A petrolífera nacional detém a concessão de exploração de vários poços em parceria (80% para a Galp) com a Namcor e a Custos (10% cada um). Após ter completado “com sucesso a primeira fase de testes na área Mopane-1X”, a Galp sublinha que as colunas são constituídas por petróleo leve de “alta qualidade”.

Em causa estão as reservas de petróleo “de alta qualidade de petróleo” localizadas na Namíbia, que a energética deu a conhecer em janeiro. A Galp diz que encontrou “boas porosidades, altas pressões e permeabilidades em grandes colunas de hidrocarbono”.

Em comunicado, a empresa sublinha que as amostras recolhidas indicam uma viscosidade “muito baixa” e contêm dióxido de carbono “mínimo”, ao mesmo tempo que não contêm reservas de sulfeto de hidrogênio. Nesse sentido, os indicadores apontam para aquelas colunas de petróleo como uma potencial “descoberta comercial importante”.

“Só no complexo Mopane, antes de perfurar poços adicionais de exploração e avaliação, as estimativas sobre os hidrocarbonetos no local são de 10 mil milhões de barris de equivalente a petróleo, se não mais”, de acordo com a informação do mesmo documento.

Em março, a Galp também anunciou uma nova descoberta naquele local, ao ter furado ”com sucesso” um novo poço (AVO-2) na área de Mopane-1X no bloco PEL83.

Também no AVO-2, “a Galp descobriu uma quantidade significativa de petróleo leve em reservatórios de areia com elevada qualidade”.

A plataforma vai agora ser movida para a área Mopane-2X para avaliar a “extensão das descobertas” em toda esta zona.

Já em fevereiro, numa conversa com analistas, o presidente-executivo da empresa, Filipe Silva, tinha dito que a empresa esperava ter mais informação sobre o potencial dos poços que anda a avaliar na Namíbia “no final de março”. 

“No final de março, saberemos o potencial comercial. Teremos uma boa visão dos volumes dos reservatórios. É altamente possível que venhamos a furar mais poços”, afirmou o responsável numa call com analistas. Então, a empresa irá ter uma “boa visão dos reservatórios”.

Questionado sobre mais novidades na operação no país da África austral, o gestor garantiu que o objetivo é acelerar: “Na Namíbia, queremos produção o mais depressa possível”, admitindo que a petrolífera vai continuar a abrir mais “poços de exploração e de avaliação”.

Após o anúncio de que a petrolífera descobriu petróleo na Namíbia, a 10 de janeiro, a Galp fechou a sessão a subir 8% na bolsa de Lisboa para 14,98 euros, em máximos de quatro anos.

Em apenas uma sessão, a Galp valorizou 860 milhões de euros para um total de 11,58 mil milhões de euros de valorização bolsista. Só a participação conjunta da família Amorim com a petrolífera angolana Sonangol valorizou 310 milhões de euros, com 170 milhões de euros a corresponderem à participação de Maria Fernanda Amorim e suas filhas, incluindo Paula Amorim, chairwoman da energética.