O mercado holandês das tulipas, em 1638; a South Sea, em 1720, que motivou a cunhagem do termo bolha, aplicado à especulação; a Grande Depressão, em 1929; o Japão dos anos 1980; as dot.com, em 2000; a crise do imobiliário nos Estados Unidos (EUA), em 2007. Estes são exemplos de colapsos de empresas e de mercados, provocadas pela especulação, quando o valor dos títulos ou dos bens sobe sem parar porque quem compra espera vender por mais, independentemente do valor do ativo. São bolhas. Constantes, recorrentes. E o mercado, agora, olha para os investimentos em inteligência artificial (IA), nas empresas que desenvolvem soluções, nos sistemas que as utilizam, como a que se segue.
O investimento em IA deve passar dos 150 mil milhões de dólares (127 mil milhões de euros), em 2023, para mais de 500 mil milhões de dólares (424 mil milhões de euros), em 2026, ao nível das grandes tecnológicas dos EUA, estima o JP Morgan. O Barclays adianta que os Estados Unidos “estão provavelmente a viver o maior ciclo de investimentos de capital (capex) em décadas, superando em muito o boom das telecomunicações” da década de 1990. O banco estima que 1% do crescimento económico em 2025 veio dos gastos em centros de dados, chips, redes elétricas, equipamentos de rede e outros investimentos de capital relacionados com a IA.
Existe uma bolha na IA e vai rebentar em 2026?
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A valorização das tecnológicas ligadas à inteligência artificial tem sido o motor das bolsas. Será já uma bola? A resposta vale biliões.