As vitórias democratas nas eleições estaduais e municipais norte-americanas deram uma nova força ao partido, mas também colocaram em evidência que, dois anos depois do desaire que fez regressar Donald Trump à Casa Branca e obrigou Joe Biden a sair de cena pela porta dos fundos, o partido ainda não tem ninguém que possa aspirar a fazer sombra ao atual presidente. A urgência começa a pesar: a federação está a um ano das eleições intercalares, que serão cruciais para avaliar quer a prestação de Trump, quer a capacidade dos democratas em saírem mais ou menos ilesos do buraco político em que caíram.
A vitória mais ‘sensacional’ foi a de Zohran Mamdani em Nova Iorque, mas, segundo alguns analistas, essa vitória não demonstra a viabilidade de candidatos progressistas fora de algumas grandes cidades e Estados costeiros. Mamdani, nascido no Uganda, está por causa disso mesmo impedido de concorrer às presidenciais norte-americanas – é ‘uma carta fora do baralho’, ‘condenado’ a manter-se na cidade ou eventualmente na liderança do Estado.
EUA: vitória de Mamdani relança corrida interna entre democratas
/
O novo mayor de Nova Iorque nem sequer é um dos candidatos, mas a sua vitória recordou aos democratas que as intercalares e as presidenciais estão cada vez mais próximas.