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“Estupefacto” com cortes na Saúde, líder do PS pede demissão da ministra. Montenegro rejeita

Montenegro nega ordens da direção executiva do SNS para cortar despesa. Mas admite orientações para “otimização dos recursos”. OE2026 prevê menos 900 milhões em bens e serviços.

A saúde foi o último tópico a expor a divisão entre PS e Governo. Depois do jornal “Público” ter revelado, na quarta-feira, que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tinha dado ordens para os hospitais cortarem despesa no próximo ano, o líder socialista, José Luís Carneiro, desafiou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a demitir a ministra da tutela, Ana Paula Martins.
O dirigente socialista sinalizou a sua “estupefação” e considerou que Ana Paula Martins “não tem condições para continuar” a dirigir o Ministério caso se confirmem as ordens da direção executiva do SNS de aplicar cortes na saúde. José Luís Carneiro alerta para o abrandar do ritmo de cirurgias, consultas, ou outros cuidados de saúde.
O OE2026 prevê um corte de cerca de 900 milhões de euros na despesa de bens e serviços na saúde (-10%). Este corte deve abranger por exemplo gastos com medicamentos, dispositivos médicos e a contratação de médicos tarefeiros. A isto junta-se a instrução dada pela Direção Executiva do SNS aos hospitais para cortarem na despesa em 2026, mesmo com abrandar dos cuidados de saúde, algo que já gerou críticas por parte de entidades como por exemplo a Ordem dos Médicos.
“Temos de mostrar a nossa indignação e o combate político que daremos para defender que o Estado e o Governo assumam a prioridade do investimento naquela que é a área prioritária para a vida dos portugueses e portuguesas”, disse Carneiro.

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