É a tempestade política perfeita: as duas maiores economias da União Europeia, França e Alemanha, estão ao mesmo tempo – o que talvez não seja inédito, mas é muito raro – sob uma profunda crise política, a que a vertente económica serve de causa ou de consequência, conforme as opiniões. Os restantes 25 membros do bloco, enquanto tratam com algum desespero de escapar à importação das metástases das duas crises paralelas, pouco mais podem fazer que esperar que o pior passe o mais depressa possível. Em França e na Alemanha há muitos críticos que duvidam da eficácia dos decisores para ultrapassarem o mau momento.