Apesar dos esforços anunciados nos últimos anos, a disparidade salarial entre homens e mulheres continua longe de desaparecer e, mostram os dados recentemente atualizados, piora à medida que a vida ativa decorre. É entre os trabalhadores mais velhos que se regista um fosso entre géneros mais acentuado, sendo que as interrupções na carreira que as mulheres vão fazendo para cuidar dos filhos e demais familiares ajudam a explicar essa diferença face aos homens. Entre os países europeus para os quais há dados disponíveis, Portugal é aquele cujo fosso salarial entre as mulheres com mais de 65 anos e os homens das mesmas idades é maior (28%), tendo já ultrapassado França, Espanha e Suíça, que anteriormente ocupavam o topo dessa tabela.