O texto definitivo da Estratégia Nacional Contra a Corrupção (ENCC), aprovado na semana passada em Conselho de Ministros, será colocado brevemente à discussão na Assembleia da República mas continua sem ser conhecido. Esse atraso faz o pleno das críticas entre todos os especialistas ouvidos pelo Jornal Económico (JE). “Incompreensível”, “lamentável”, “sem justificação” foram algumas das expressões recolhidas pelo JE e também o motivo pelo qual várias organizações, como a secção portuguesa da Transparência Internacional, que forneceu contributos durante o período de consulta pública, decidiram continuar na expectativa. “Não nos pronunciamos enquanto não virmos o documento final, que está a tardar em ser conhecido”, referiu ao JE o porta-voz da transparência.pt, em nome da presidente da organização, Susana Coroado.
Combate à Corrupção vai ter ‘Estratégia Nacional’: Um Estado capturado por partidos e ‘interesses’
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Os custos da corrupção para Portugal, segundo os últimos dados conhecidos, chegavam aos 18,2 mil milhões de euros por ano, o que corresponde a cerca de 7,9% do PIB. Este montante perdido supera o orçamento anual para a Saúde. Caso fosse redistribuído por toda a população portuguesa, daria 1.763 euros por ano a cada cidadão.
