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Cimpor admite subir preços do cimento mais de 10% devido aos custos da energia

O setor do cimento fala numa “tempestade perfeita” de aumento da energia, do petróleo e de política de descarbonização. E isso trará consequências: em 2022 os preços vão subir e o custo da construção também.

A Cimpor vai aumentar os preços do cimento no próximo ano, num aumento que pode chegar aos 10%, uma consequência dos atuais elevados preços da eletricidade e do petróleo, essenciais para a produção das cimenteiras. Em declarações ao Jornal Económico, o CEO da Cimpor, Luís Fernandes, explicou que os custos da cimenteira – que é líder de mercado em Portugal – dispararam 45% quando se considera não só o custo do megawatt de eletricidade (a bater recordes no MIBEL, nos 209 euros), mas também do custo do petcoque, um derivado de petróleo que é queimado nos fornos para produzir cimento.
“Até agora estamos a absorver todos estes custos porque temos compromissos fixos com os nossos clientes por causa das obras em curso. Mas a situação ainda vai piorar e no início do ano [2022] vamos rever os preços para levaer em conta estes aumentos”, disse Luís Fernandes ao JE, notando ainda que também subiram os custos das embalagens plásticas e da madeira. Refletir de que forma, integralmente? “Não, não vamos refletir integralmente, mas poderá, seguramente, ser um aumento de dois dígitos”. Ou seja, mais de 10%.

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