Skip to main content

Cidade de fantasmas

Kleber Mendonça Filho recorda a casa onde cresceu e ainda vive no Recife, as metamorfoses da cidade e as suas grandes salas de cinema, que frequentou e desapareceram já quase todas, no documentário ‘Retratos Fantasmas’.

Pouco depois do início do documentário Retratos Fantasmas, do brasileiro Kleber Mendonça Filho (O Som em Redor, Aquarius, Bacurau), o realizador mostra o que diz poder ser a fotografia de um fantasma, tirada por ele na sua casa do Recife, uma moradia dos anos 70 onde cresceu com a mãe divorciada e mora ainda com a família, e que já sofreu um par de alterações profundas (uma delas da responsabilidade do irmão, que é arquitecto). A casa, tal como o próprio Recife, onde Kleber nasceu, são duas das grandes protagonistas de Retratos Fantasmas. Embora os fantasmas que mais interessam no filme são os grandes cinemas da cidade, que ele frequentou e onde fez muita da sua educação cinéfila, por onde passaram várias gerações dos seus concidadãos e que já desapareceram quase todos, tirando o São Luiz, hoje uma sala pública.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico