Catarina José, um nome português comum, mas uma gestora com um percurso curioso. Afinal de contas, Catarina é 'só' a atual responsável pela área de parcerias da Netflix para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA).
Licenciada em Economia pela Universidade Católica Portuguesa e com um MBA pela Lisbon MBA Católica | Nova, Catarina José coloca-se como a terceira poderosa na lista da revista Forbes Portugal na categoria de Entretenimento. A gestora soma um total de 56 pontos e posiciona-se acima de Ana Carolina Sena da Twitch e Sara Sousa da Blip.
Catarina José tem uma experiência muito vasta no seu currículo. Iniciou a sua carreira profissional no Banco de Portugal como trainee em 2004 e depois passou pela Deloitte onde assumiu a posição de junior consultant e ingressou em vários projetos de consultoria.
Em entrevista à revista "Executiva", a portuguesa admite que a mudança nunca a assustou, pelo contrário: "está no meu ADN". Por isso, mudar de ramo ou posto de trabalho nunca foi um passo assustador, mas sim necessário para conseguir os seus objetivos.
Foi no seu último ano na Deloitte que decidiu tirar o MBA, isto depois de ter trabalhado diretamente com diferentes indústrias como telecomunicações, farmacêutica e entretenimento. Isto fê-la dar o salto para outra empresa, a Portugal Telecom. Durante nove anos desempenhou vários cargos na antiga PT, entre 2005 e 2014, quando trabalhava em simultâneo na consultora.
Um estágio no âmbito do MBA deu a Catarina José a hipótese de receber um convite da Novartis para trabalhar na área de oncologia. Apesar da indústria lhe ser desconhecida, Catarina José aprendeu, mudou de continente e começou a trabalhar no México.
Ingressou a Netflix em 2021, quando a plataforma lhe abriu a porta para ficar responsável pela região da América Latina, nomeadamente por grandes parcerias com empresas de telecomunicações, de forma a assegurar que a Netflix está disponível nos seus serviços. Em dezembro de 2023 ficou responsável pela região EMEA.
"Um dos fatores mais interessantes é o facto de ser uma ponte entre uma empresa tão inovadora como a Netflix e um mercado de clientes muito distinto do cliente típico, com menos experiência em tecnologia", considerou Catarina José à "Executiva" para explicar a complexidade do seu trabalho.
