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Boeing, o gigante com asas de barro que está a dar dores de cabeça a Trump

Deixou de ser a maior construtora aeronáutica mundial, cedendo o trono à Airbus. As deficiências de fabrico detetadas no Boeing 737-Max, que originaram dois acidentes em 2019, provocando a morte de 346 pessoas, puseram o gigante norte-americano em estado de sítio. Aviões no chão, produção parada, críticas públicas, descida das cotações, rolar de cabeças e impacto brutal no PIB, investimento e exportações dos Estados Unidos. Será que o líder industrial da América vai voltar a levantar-se?

A Boeing tem atravessado nos últimos meses um descalabro empresarial com estrondo planetário, e cujas consequências ainda estão longe de poder ser contabilizadas na sua total extensão e profundidade, desde que foram conhecidas as responsabilidades da empresa nas deficiências de fabrico de um novo modelo de avião de longo curso, o Boeing 737-Max, que após dois acidentes trágicos no ano passado que provocaram a morte de 346 pessoas, foram obrigados a ficar no solo. A Boeing, maior empresa industrial dos Estados Unidos e, portanto, de todo o mundo, está a sofrer choques sísmicos sucessivos que estão a abalar a sua estrutura, das bases ao topo, tendo levado nas últimas semanas à libertação em público de dezenas de documentos internos de engenheiros e outros profissionais da construtora aeronáutica a questionar os métodos de governance interna do grupo e de primazia pela redução de custos em detrimento de elevados padrões de segurança e de testes prévios consecutivos antes da entrada no mercado do referido modelo.

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