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Balbec vai investir 250 milhões na carteira de malparado da LX Partners

Malparado: O negócio apelidado de Projeto Cascais está previsto fechar até ao Verão. A LX Partners tem 5 mil milhões em NPL e quer ser a maior empresa do sector. Vai também investir em armazéns.

A Balbec Capital LP vai ser parceira maioritária do negócio de Non Performing Loans da LX Investment Partners.

O negócio, com o nome “Projeto Cascais”, deverá ficar fechado até ao Verão e o Jornal Económico apurou que o investimento da gestora de fundos norte-americana na empresa portuguesa, fundada por Bernardo Simões e Vittorio Calvi di Bergolo, rondará os 250 milhões de euros.

A parceria abrange a gestão do portfólio atual de crédito malparado (Non Performing Loans) que soma 5 mil milhões de euros, dos quais 4 mil milhões são crédito unsecured (sem garantias) e os outros mil milhões crédito secured (com garantias).

A Balbec não é propriamente uma estreante em parcerias com a LX Partners, veículo que compra ativos stressados à banca apenas no mercado português, já que foi o primeiro parceiro a co-investir com a LX Partners quando esta foi criada há 9 anos,

Ao Jornal Económico, Bernardo Foios Simões não comenta a informação, limitando-se a confirmar que está prevista a entrada de um investidor na LX Partners “que traga poder de fogo para abordar o mercado”. Até porque o gestor da LX Partners admite que o objetivo é fazer desta empresa a maior do mercado dos ativos stressados. ”Queremos ser o maior player em Portugal, não só no investimento em créditos non-performing sem garantias, onde já somos o maior investidor, mas também em Non-Performing Loans (NPL) com garantias”. Isto é, a LX Partners quer ser líder de mercado em todas as tipologias de crédito malparado e conta com o investimento da Balbec para atingir esse objetivo. A ajudar a atingir essa meta está o facto de a empresa ter boas relações com a banca (que são os vendedores desses ativos).

Em declarações ao Jornal Económico, Bernardo Simões diz que apesar de dificilmente Portugal voltar a ter, como no passado, volumes de cerca de 50 mil milhões de euros de créditos improdutivos à venda no mercado – até porque a concessão de crédito é hoje muito mais controlada ao nível do risco – continua a ser um mercado interessante para as gestoras de ativos problemáticos.

Em resumo, Bernardo Simões não espera que venham para o mercado carteiras de 3 mil milhões de euros, mas acredita que surjam carteiras que somem 500 a 700 milhões por ano.

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