AAdega Cartuxa registou o seu melhor ano de sempre ao apresentar uma faturação de 25 milhões de euros em 2023, com o mercado nacional a representar 13% e o Brasil 7%.
“Tínhamos um plano para chegar aos 24,6 milhões, ou seja, basicamente era crescer um milhão de faturação sobre o ano anterior. Conseguimos 1,5 milhões, portanto ficou acima do que estava orçamentado”, refere ao Jornal Económico (JE),João Teixeira, diretor da Adega Cartuxa.
Por outro lado, o mercado comunitário e de exportação, com exceção do Brasil, verificou uma queda de 3%.
“O Reino Unido e a Bélgica correu bem, especialmente nos nossos vinhos de entrada de gama. Nos restantes mercados – França, Suíça, Alemanha e Luxemburgo – tivemos quedas significativas, mas foi um pouco transversal a todo o sector dos vinhos em Portugal e algo que não conseguimos contrariar”.
Como tal, em 2024 estes são mercados que a empresa espera recuperar, assim como manter a tendência de crescimento nos EUA e no Reino Unido, onde “desde há três anos temos tido uma performance de crescimento muito sustentável”, salienta.
Ao nível da faturação, o objetivo passa por um aumento de 4%. Para isso, a empresa inaugurou um novo espaço de enoturismo em Évora, o ‘Pátio Cartuxa’, na sede da Fundação Eugénio de Almeida, que o diretor espera vir a garantir “um crescimento orgânico na oferta do enoturismo”, dado que o espaço vai poder receber mais pessoas, contando para isso com mais salas de provas de vinho e uma maior disponibilidade de horários para reservas, podendo assim manter o ritmo de visitantes acima dos 30 mil que registou no ano passado.
“Batemos o recorde de visitantes no enoturismo. Chegámos aos 30.400 visitantes em 2023, o que representa um crescimento de 40% face 2022. Tivemos períodos bastante longos com taxas de ocupação acima dos 100%”, sublinha, assumindo que as expetativas de crescimento em 2023 eram boas. “Mas estaria a mentir se dissesse que tinha uma expetativa de crescer 40% sobre um ano que já tinha sido bom”.
Destes 30 mil visitantes, 57% são oriundos do Brasil, país que representa 20% da faturação e 80% em termos de exportação da Adega Cartuxa. Em segundo lugar aparecem os visitantes de nacionalidade portuguesa, depois os ingleses e norte americanos, e o mercado comunitário como um todo, onde se encontram os franceses, alemães e espanhóis, no quarto lugar.
Para 2024, o responsável assume que não está definido um número de visitantes. “Diria que mais dois mil, 2.500 ou três mil. Seria muito interessante fecharmos o ano com perto dos 33 mil visitantes”, afirma.