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Aprender a usar o reporte como ferramenta estratégica de gestão

A advocacia de negócios, a consultoria, a banca, não escapam ao tema da sustentabilidade. Como em qualquer outro sector de atividade, também aqui é necessário conhecimento e expertise. Cada vez mais.

É como um comboio em movimento que não pode ser parado com um simples frenar.
Os compromissos internacionais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Acordo de Paris sobre o Clima e a Lei do Restauro destacam a importância da sustentabilidade de uma forma global e as empresas precisam de um alinhamento com estas metas globais, diz-nos Ana Cristina Chaves, coordenadora da pós-graduação em ESG: Reporting e Gestão Sustentável do Iscte Executive Education. Trabalhar as metas ou aconselhar sobre esse trabalho “requer conhecimentos específicos nos eixos ESG (Governança ambiental, social e corporativa)”, salienta.


O programa da escola de formação de executivos do ISCTE, com a duração de seis meses, entre outubro de 2024 e maio de 2025, tem foco nos relatórios realizados de acordo com a estratégia ESG, uma ferramenta que torna possível resumir de “forma eficaz os benefícios qualitativos e quantitativos” das atividades ambientais, social e de governança de uma empresa”.


Como ferramenta estratégica na gestão do negócio, o reporte tem muitos efeitos práticos, desde logo, permitir “aos investidores selecionar e alinhar os investimentos com os seus valores, evitando empresas com risco de danos ambientais, socialmente desalinhadas ou de corrupção”. A formação que surge numa altura em que o tema está a ser introduzido em diversas empresas e sectores de atividade, distingue-se, aliás, pela atualidade dos seus conteúdos. Difícil pedir melhor.


Os pilares do ESG são praticamente mandatórios no mundo corporativo, mas podem ser travados? O mau desempenho dos partidos verdes nas recentes eleições europeias, a inerente perda de mandatos no Parlamento Europeu e a consequente despromoção do clima no grau de prioridades de Bruxelas, mais empenhada agora em priorizar a economia e a sua competitividade, obriga-nos, no mínimo, a levantar a questão.


Ana Cristina Chaves admite implicações para as empresas, aponta várias, nem sempre com o mesmo sentido. Destacamos. “Independentemente das mudanças nas políticas da União Europeia, a pressão de stakeholders — como investidores, consumidores e ONGs — para que as empresas mantenham práticas sustentáveis vai continuar a crescer. O caminho trilhado até aqui pelas empresas já alterou a perceção de muitas empresas que estão a reconhecer que a sustentabilidade não é apenas uma questão de conformidade regulatória, mas uma componente essencial da resiliência e competitividade a longo prazo”.


De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a previsão é que os esforços para desenvolver uma economia verde gerem 18 milhões de empregos em todo o mundo até 2030. Consultoria ambiental, gestores de ecossistemas, engenheiros de energia renovável…o verde galvanizará o mercado de trabalho apesar do desaire recente das forças políticas homónimas.


Na base do lançamento do programa do ISCTE Executive Education estão razões estratégicas e contextuais que respondem à crescente importância de questões de ESG. Ana Cristina Chaves aponta ao emprego qualificado: “São necessários profissionais especializados para ajudar as empresas a cumprir as novas exigências regulamentares e a implementar práticas sustentáveis eficazes. A oferta de uma pós-graduação especifica proporciona uma oportunidade para o desenvolvimento de competências”.


Aproveite-se a oportunidade! Aprenda-se a usar o reporte na gestão estratégica do negócio.