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Aliança Democrática: promessas de Montenegro, correções de Melo e o grande ausente

O líder do PSD anunciou as propostas económicas da AD, Nuno Melo "emendou a mão" quanto a viabilizar um Governo socialista e Pedro Passos Coelho foi o ausente mais presente no Centro de Congressos do Estoril.

 
O líder do PSD prometeu aprovar nos primeiros 60 dias um plano de emergência para a saúde em 2024 e 2025 assim como a recuperação integral do tempo dos professores nos termos que já tínhamos proposto em setembro. Isto não é uma resposta a uma reivindicação justa dos professores", voltou a reforçar o líder do PSD. Recorde-se que em setembro, o partido propôs o pagamento faseado por cinco anos do tempo de serviços dos professores, atribuindo 20% em cada ano.
 

Passos Coelho: o grande ausente

O ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi o grande ausente da convenção mas foi muito referenciado, sobretudo pela grande surpresa deste evento. "A mim, o Luís Montenegro convidou-me", referiu o ex-governante em jeito de brincadeira e para desanuviar o tema.

Santana Lopes salientou que "temos que pôr as divergências de lado e colocarmo-nos ao lado do líder e seguir a estratégia que foi escolhida. Sim, já tivemos mais líderes que o PS mas nas horas essenciais estamos juntos".

"Vou confessar isto: quando Pedro Passos Coelho foi eleito, não acreditava nele. Ele também não gostava muito de mim. Ele não tinha experiência governativa... e como eu tive que engolir o que disse, pela competência dele", sublinhou Santana Lopes.

Carlos Moedas também não deixou de mencionar Pedro Passos Coelho, o grande ausente desta convenção: "Sempre melhorámos a vida das pessoas, como aconteceu com um Governo do qual me orgulho de ter feito parte, com Pedro Passos Coelho", referiu, arrancando um dos maiores aplausos da tarde.

Do Titanic ao Governo mais radicalizado desde 1976

"Comprar um bilhete para o Titanic" ou "o Governo mais radicalizado desde 1976", foram duas várias frases fortes que marcaram os discursos do presidente do CDS-PP, Nuno Melo e do antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas durante a convenção da Aliança Democrática.

O presidente do CDS-PP criticou o atual Secretário-Geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, alertando que caso este vença as eleições, os portugueses irão pagar impostos até depois de morrerem.

"Se Pedro Nuno Santos vencer as eleições pagaremos impostos mais altos sempre que comessemos, bebessemos, conduzimos, fumamos, quando trabalhamos e ser proprietários e agora até quando morrermos. Com Pedro Nuno Santos vai ser até à campa, mortos teremos o Fisco a perseguir-nos. Já nem mortos nos livraremos do Fisco. Votar neste PS é como comprar um bilhete para o Titanic sabendo que vai afundar, as pessoas estão avisadas", referiu.

No discurso do líder do CDS-PP não faltaram as críticas aos programas do Bloco de Esquerda e do Chega, a quem Nuno Melo acusou de copiar as propostas dos bloquistas. "O Bloco de Esquerda propôs o aumento das pensões mínimas até ao valor do salário mínimo nacional e o Chega copiou mais uma vez a ideia, só que desta vez sem a máquina de calcular. Com isso, o Bloco de Esquerda e o Chega garantiriam um rombo permanente nas finanças públicas todos os anos de perto de 14 mil milhões de euros", sublinhou Nuno Melo.

Nuno Melo, deixou depois uma sugestão ao líder do Chega, André Ventura. "Trate de deixar de ser o aliado útil das esquerdas disponível para apresentar moções de rejeição a este Governo da AD para dar a mão ao PS, Bloco de Esquerda, CDU, ao PAN e ao Livre. Perceba quais são as prioridades em Portugal. Para que fique claro, o único Governo que a Aliança Democrática vai viabilizar depois de 10 março vai ser o Governo da AD quando vencermos as eleições", afirmou.

Quem também não teve dúvidas em destacar que a Aliança Democrática deve liderar o país a partir do dia 10 de março é o antigo presidente do CDS-PP, Paulo Portas. "A 10 de março a AD deve vencer com margem, o PS deve ir para a oposição. Portugal deve ter um novo governo e esse governo deve ser de mudança", referiu.

Paulo Portas defende que só um governo da Aliança Democrática irá gerar mais confiança económica, enquanto que uma geringonça 2.0 gerará menos confiança, menos investimento e portanto menor crescimento. "Ou AD ganha e faz um governo de mudança ou o que teremos não é uma repetição do PS, mas sim uma repetição da gerigonça, com um primeiro-ministro inexperiente e mais esquerdista e com o Bloco e o Partido Comunista sentados no Conselho de Ministros. Seria certamente o governo mais radicalizado desde 1976", sublinhou o antigo presidente do CDS-PP.

De resto, Paulo Portas não poupou nas críticas ao atual secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos a quem não reconhece capacidade para liderar Portugal.

"Se como ministro não mostrou preparação e revelou várias vezes impulsividade, o que seria como primeiro-ministro? Um político que revela tanta leviandade política nos sectores que tutelou e tanta amnésia nas decisões que tomou não é o mais qualificado para chefiar o governo de Portugal", afirmou Paulo Portas.