Aquilo que poderia ser uma formalidade, com a proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) aprovada na generalidade com votos favoráveis de oito deputados além dos 108 da bancada socialista (cenário pouco provável, pois ninguém tal fez no Orçamento do Estado para 2020 e no Suplementar) ou pela vantagem mínima decorrente da abstenção de 15 eleitos da oposição (soma dos grupos parlamentares do PCP, PEV e PAN), pois os restantes não poderiam ultrapassar 107 votos, adensou-se com as reações ao documento. Mas não o suficiente para gerar verdadeira incerteza quanto à viabilização que permitirá que o OE2021 seja “afinado” na especialidade e devolvido ao plenário, para a votação global, na qual PAN e Bloco de Esquerda têm sido consistentes nesta legislatura, com duas abstenções consecutivas.