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“A redução do IRC terá um impacto modesto”

A redução do IRC em 1 p.p. para 20% terá algum impacto significativo na fatura fiscal das empresas? Ao nível do IRC como vê a proposta do PS de trocar a descida do IRC pela reintrodução de um crédito fiscal ao investimento para beneficiar as empresas?

A redução do IRC em 1 p.p. para 20% terá algum impacto significativo na fatura fiscal das empresas? Ao nível do IRC como vê a proposta do PS de trocar a descida do IRC pela reintrodução de um crédito fiscal ao investimento para beneficiar as empresas?
A redução do IRC em 1 p.p. terá um impacto modesto, mas ainda assim positivo, sendo que se trata de uma medida de aplicação geral, ou seja, beneficia quer a pequenas quer a grandes empresas.
A principal diferença entre as medidas proposta pelo Governo e pelo PS é essencialmente o seu espectro de aplicação. Enquanto a redução da taxa de IRC é aplicável à generalidade das empresas que apurem lucros tributáveis, os créditos fiscais ao investimento reduzem a carga fiscal apenas e só quando as empresas efetuem determinados investimentos elegíveis. Se por um lado este crédito fiscal proposto pelo PS está condicionado à realização de investimentos, os quais nem todas as entidades estão em condições de fazer, permite também de forma indireta um crescimento da economia por via do aumento do consumo e investimento. Por outro lado, teria de ser discutido o efetivo modelo do crédito fiscal, condições de aplicação e modo de implementação, para perceber o seu efeito e custo efetivos. Ao invés, a redução estruturada e gradual da taxa de IRC, proposta pelo Governo, é uma medida simples e facilmente compreendida pela generalidade das empresas e com efeitos imediatos.

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