Apesar dos diferendos entre a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) e a NOS, a Altice e a Vodafone sobre o processo de implementação e desenvolvimento da quinta geração da rede móvel (5G), o processo está em marcha, mesmo que não se conheça a estratégia nacional que o Governo, em maio deste ano, disse estar a preparar para este dossiê. O potencial da nova tecnologia móvel é reconhecido por todos, sobretudo pela capacidade de elevar a economia para outro patamar de competitividade. No último mês, a Ericsson Portugal indicou que o 5G poderá “desbloquear” 3,6 mil milhões de euros na economia portuguesa entre 2020 e 2030, graças a dez indústrias (ver infografia). Ao Jornal Económico, o head of digital services da empresa, Nuno Roso, diz que os portos marítimos, a indústria e o turismo são os setores que poderão retirar maior benefício dos novos modelos de negócio que o 5G poderá criar, “mas é importante ter uma estratégia”. Empresas contactadas pelo JE reconhecem a importância da quinta vaga tecnológica, mas indicam que a responsabilidade do sucesso do seu uso caberá às operadoras de telecomunicações.