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Enquanto somos arrebatados por sedutoras ofertas de imersão virtual, de delegação de tarefas à inteligência artificial e de satisfação instantânea de múltiplas necessidades, persiste um dever de reflexão sobre os efeitos profundos de tais disrupções. São disrupções pela intensidade e velocidade avassaladoras com que destabilizam a continuidade de hábitos de comunicação, afectividade, aprendizagem, trabalho e contemplação cultural.
A significativa tolerância dos portugueses em relação à profunda governamentalização da sociedade é uma característica que abre espaço para as inclinações menos virtuosas de uma maioria absoluta.
A interacção digital que predomina na nossa sociedade impõe desafios à capacidade adaptativa humana que vão muito além daquilo que o nosso entendimento prevê.
Em Portugal, quando surge um problema complexo, na maioria dos debates políticos sugere-se lançar mais dinheiro como solução. O célebre “inverno demográfico”, ainda sem resolução, não é excepção à regra.
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