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No ido ano de 1998, numa entrevista ao “Nouvel Observateur”, o Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Carter, Zbigniew Brzezinski, explicava como a ajuda militar prestada aos mujahedin tinha levado à intervenção militar soviética no Afeganistão. Segundo ele, aquela teve o “efeito de atrair os russos para a armadilha afegã”.
A esmagadora maioria dos comentadores nacionais afirma de modo convicto e determinado que “a Ucrânia vai ganhar a guerra”, “a Ucrânia tem de vencer”, como se a insistente oralização de uma vontade fosse suficiente, e a capacidade para a concretizar um aspeto de menor importância. Questionar o dogmatismo subjacente a esta certeza tornou-se sinónimo de apoio e alinhamento com as posições de Moscovo.
Mais recentemente, temos assistido a intervenções de várias entidades apelando à obtenção de uma solução política para o conflito, todas admitindo a possibilidade da amputação territorial da Ucrânia.
Tudo o que está agora a acontecer lembra as recentes palavras de John Matlock, o último embaixador dos EUA na URSS: estas lideranças parecem não estar à altura daquelas que resolveram a Crise dos Mísseis de Cuba.
A explicação para os acontecimentos em curso na Ucrânia não se encontra em abordagens maniqueístas dos bons contra os maus, mas sim na geoestratégia, que tem influenciado de modo decisivo a política externa das grandes potências.
Os talibãs defrontam-se agora com o desafio de governar, em condições extremamente desfavoráveis, com a necessidade absoluta de responderem à crise humanitária que o país atravessa, agravada pela falta de liquidez e pelas restrições financeiras que lhe são impostas do exterior.
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