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A liberdade irrompeu na madrugada de uma quinta-feira. Em Abril de 74. “Faltam cinco minutos para as 23 horas. Convosco Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74: ‘E depois do adeus’.” João Paulo Diniz anuncia, a canção toca. O golpe militar para derrubar Marcelo Caetano, pondo fim a uma ditadura de 48 anos, instituída por Salazar, está em marcha.
No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Mercado do Forno do Tijolo, em Lisboa, acolhe a exposição “10 dias que abalaram Portugal”.
A primavera não se anuncia, antes se exibe descaradamente à medida que o carro desliza estrada fora. Destino? O vale suave orientado a Sul, com vista para o castelo medieval da vila de Montemor-o-Novo, e para o céu imenso que nos recebe azul e quente.
O Jornal Económico lançou o repto a 12 individualidades: o que mudou de mais relevante nestas cinco décadas de democracia? A radiografia que fazem ao país enaltece muitas conquistas, mas não deixa de apontar falhas, melhorias e vontade de construir um Portugal melhor.
A transição democrática portuguesa cravou o derradeiro ‘prego’ na era dos impérios, dando início à “terceira vaga de democratização”, como lhe chamou Samuel Huntington. Portugal partiu de uma sociedade essencialmente rural, atrasada e profundamente desigual, e saltou várias etapas de desenvolvimento. 50 anos volvidos sobre o 25 de Abril, a pergunta continua a fazer sentido: o que mudou?
O futebol fintou-lhe o sonho, mas Miguel Soares continua a ver neste desporto a sua fonte de inspiração e resiliência. Quem disser o contrário, é porque não conhece a BYMS
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