Na entrevista à TVI, na véspera da Assembleia-Geral (AG), Luís Filipe Vieira mostrou-se tranquilo e confiante relativamente à sua continuidade como presidente do SL Benfica mas poucos dias depois, e quando nada o fazia prever, a Assembleia-Geral dos ‘encarnados’ mostrou um líder avesso às críticas e explosivo perante discursos menos abonatórios em relação à sua gestão à frente do clube nos últimos anos.
“Não é uma atitude compatível”
João Marcelino, jornalista e comentador do programa ‘Jogo Económico’, não percebeu a razão pela qual o responsável máximo benfiquista explodiu quando o motivo, aparentemente, foi um discurso “bem feito, crítico e que um líder de um grande clube tem a obrigação de entender e lidar”. Quanto ao facto do presidente do Benfica ter agarrado um sócio pelo pescoço, o comentador realça que “isso não é uma atitude compatível com o cargo de presidente de uma instituição que é uma das mais fortes do universo português”. E o que motiva esta aparente onda de críticas à gestão de Vieira? “Neste momento, este dirigente é sujeito a algumas críticas que tem muito a ver com a primazia que dá às finanças do clube em detrimento do projeto desportivo. Tem que saber lidar com isso, porventura até emendar e fazer com que a perceção pública não seja essa, mas é compreensível que essa ideia faça caminho até quando há exemplos tão práticos como a equipa que o Benfica apresentou no primeiro jogo da Liga dos Campeões”, realçou João Marcelino que sublinha que os adeptos do Benfica “não têm de seguir a cartilha da direção”.