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Ventura diz que OE2025 "é um logro e um engano fiscal" e que votará contra

Em declarações à imprensa na sede do partido, Ventura afirmou que os cidadãos sentirão os efeitos negativos no IRS, que considera um "artifício de conforto", enquanto enfrentarão aumentos nos preços de bens essenciais, como combustíveis e automóveis. 

André Ventura, líder do Chega, criticou duramente a proposta de Orçamento do Estado para 2025, afirmando que o Governo está a "dar com uma mão e tirar com duas". Ventura descreveu a proposta como um "logro e um engano fiscal", destacando que, apesar de se apresentar como "amigo do contribuinte", as medidas propostas resultarão num aumento da carga fiscal para os portugueses.

Em declarações à imprensa na sede do partido, Ventura afirmou que os cidadãos sentirão os efeitos negativos no IRS, que considera um "artifício de conforto", enquanto enfrentarão aumentos nos preços de bens essenciais, como combustíveis e automóveis.

O líder do Chega anunciou que o partido votará contra o Orçamento na sua generalidade e criticou decisões do Governo, como a eliminação das limitações na taxa de carbono e o aumento do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), afirmando que tais medidas não seriam acolhidas num eventual acordo com o Chega.

Ventura acusou o Governo de manter um Estado excessivamente grande e de financiar uma "classe parasitária de subsidiodependentes". O líder do Chega argumentou que a proposta orçamental reflete uma continuidade nas políticas de António Costa, que considera responsáveis pela atual situação do país.

Ventura também ressaltou que mais de 55% da receita fiscal provirá do IVA e de impostos indiretos, sugerindo que o Governo está a implementar uma "maquilhagem" que permitirá que os portugueses paguem mais em impostos indiretos.

Apesar do volte-face manifestado anteriormente relativamente ao voto contra, tendo assumido na altura uma postura de abertura para negociações com o líder do PSD, Luís Montenegro, agora reafirma que a posição do Chega de votar contra o Orçamento do Estado para 2025 é "irrevogável".

Essa mudança de posição nas últimas semanas gerou especulações sobre a possibilidade de uma crise política, mas Ventura parece determinado a manter a sua posição atual. Ao insistir na irrevogabilidade do voto contra, Ventura pretende deixar claro que não há espaço para concessões nesta fase, destacando a insatisfação do Chega com a proposta orçamental e as políticas do Governo.