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Venezuela: Como é a vida dos portugueses em Caracas

São 300 mil os portugueses e lusodescendentes a viver no país. Entre eles há muitos que se recusam a sair. Mesmo que a maioria dos membros da comissão que prepara a festa das fogaceiras, tradição de Santa Maria da Feira, já estejam fora de uma nação em que o poder é disputado entre Maduro e Guaidó.

Joaquim Martins chegou a Caracas há mais de quatro décadas. Ele e um amigo aterraram na capital da Venezuela apenas com a roupa que traziam no corpo. Naturais de uma aldeia do Norte do País, fugiam da pobreza extrema.  Joaquim dormiu a primeira noite na varanda de um apartamento de uns amigos. No dia seguinte já estava a trabalhar: construção civil, restauração e hotelaria foram os trabalhos que teve antes de se aventurar por conta própria. Mais tarde comprou um táxi e transportava dezenas de passageiros por mês entre o centro da cidade e o aeroporto de Caracas - devido à elevada taxa de criminalidade e os sequestros-relâmpago, ter um transporte de confiança é fundamental nesta cidade, uma das mais perigosas do mundo. O emigrante português amealhou bom dinheiro até mudar novamente de carreira. Hoje em dia, tem duas lojas,  um apartamento na capital da Venezuela e uma casa na praia. Regressar está fora de questão. “Tenho muito para abandonar e Portugal não me vai dar nenhuma casa. Os meus filhos estão a viver em Espanha e bem de vida”, diz ao Jornal Económico.

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