Verdade seja dita: muitos desconfiaram que a solução para o impasse na sucessão de Jean-Claude Juncker passaria por uma governante alemã que seria não só a primeira mulher como a primeira pessoa dessa nacionalidade a presidir à Comissão Europeia. Estavam todos a pensar na chanceler Angela Merkel, que iniciou a gradual despedida a Berlim quando não se recandidatou à liderança dos democratas-cristãos da CDU, avisando que também abandonaria o poder em 2021, mas afinal foi a sua ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, a conquistar o inesperado estatuto de Senhora Europa.