Desde que começou a pandemia, a TAP não está a renovar contratos a prazo. No final deste mês a companhia aérea já terá menos 600 trabalhadores do que no final de 2019. E nos próximos meses está prevista a não renovação de mais 300 contratos. A redução de 900 postos de trabalho poderá ser superior devido ao plano de reestruturação exigido por Bruxelas, que está a ser desenhado e pode obrigar à redução de rotas e da frota, tendo como consequência despedimentos na empresa que emprega cerca de dez mil trabalhadores, revelou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo. Após a declaração do estado de emergência devido à pandemia, a TAP tinha já avisado que não iria fazer novas contratações por causa do brutal impacto da Covid-19 na sua operação. Com a atividade fortemente condicionada, logo nesse mês começou a não renovar contratos que estavam a chegar ao fim, num total que, até julho, soma 600 trabalhadores. E há mais 300, em todo o tipo de funções, que ao longo dos próximos meses não terão o contrato renovado. No início de julho, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, tinha já garantido, em entrevista à RTP3, que “não há renovação de contratos a termo”, sinalizando que “até julho, segundo disse o ainda CEO da TAP, saíram 600 trabalhadores”, o que considerou “uma redução relevante”.