O Volkswagen T-Roc já rendeu mais de 20 mil milhões de euros em vendas à Autoeuropa entre 2018 até ao final do ano de 2024. Do chão da fábrica de Palmela já saíram 2 milhões de unidades do SUV que deu uma nova vida à maior fábrica automóvel nacional. Em 2023, foi mesmo o Volkswagen mais vendido na Europa.
Esta é uma estimativa feita pelo Jornal Económico a partir dos dados da companhia, não tendo em conta os anos de 2017 (a produção do modelo arrancou na reta final do ano) nem o ano de 2025 (ainda não há dados disponíveis).
Passados oito anos do seu lançamento, e com uma remodelação em 2022, o T-Roc ganha uma segunda vida a partir de novembro, altura em que chega aos mercados europeus.
Este é o SUV com mais sucesso da marca a seguir ao Tiguan. Lançado em 2017, o modelo sofreu algumas alterações em 2022. Agora, a remodelação é profunda: novo design, motores híbridos, novos interiores, mais tecnologia, mais espaço no interior e bagageira.
As pré-vendas arrancam no final de agosto nos primeiros países europeus, chegando ao mercado em novembro.
Os preços começam abaixo dos 31 mil euros para o modelo 1.5 eTSI com 85 kW/115 PS.
“Os nossos clientes adoram este carro porque é a combinação perfeita entre estilo, praticidade e tecnologia. Estou convencido de que a nova geração do nosso bestseller global tem tudo o que é preciso para aumentar a fasquia face ao seu antecessor”, disse hoje o CEO da marca Volkswagen, Thomas Schaffer, que anunciou o lançamento de nove novos modelos da marca na Europa até 2027, com sete a serem totalmente elétricos. “O novo T-Roc é um passo importante para esta jornada.”
“O T-Roc não só é um dos nossos carros mais populares, mas também um bom exemplo do que vem aí. Prova como a Volkswagen está a navegar a transição na nossa indústria, com produtos fortes, portefólio diversificado e um foco claro nas necessidades do consumidor”, acrescentou.
Por sua vez, o diretor-geral da Autoeuropa disse que este é um "novo modelo", mas com o "mesmo espírito". "Durante meses, longe do olhar público, preparámos o lançamento do novo T-Roc, protegido pela confidencialidade. Hoje, no dia da sua estreia mundial, partilhamos os bastidores desta celebração com os que lhe deram vida: os nossos trabalhadores", escreveu Thomas Hegel Gunther.
Da produção total anual da Autoeuropa, 99% dos modelos destinam-se à exportação, com os principais mercados a serem a Alemanha, Itália e Reino Unido. A produção da companhia pesou mais de 1,5% no PIB nacional em 2024, ano em que foram produzidos 236 mil unidades. A fábrica de Palmela pesa 4,5% nas exportações nacionais e emprega quase 5 mil trabalhadores.
Dados do T-Roc 1,5 eTSI (110 kW/150 CV): Consumo de energia combinado em l/100 km de: 6,0-5,5 | Emissões de CO₂ em g/km: 137-125 | Classe CO₂: D-E
Já o modelo 100% elétrico ID.1 vai começar a ser produzido em meados de 2027, devendo chegar ao mercado durante o ano de 2028, com um preço atrativo de 20 mil euros.
A Autoeuropa está a modernizar as suas linhas de produção num investimento que ascende a 600 milhões de euros. Este mês, foram apresentados dois investimentos que ascendem a 300 milhões de euros (com apoio de 30 milhões do Estado português): uma nova prensa XL (nova versão da anterior prensa que molda chapas para as transformar em portas, tejadilhos ou capots) e também uma nova oficina de pinturas, que vai contar com um novo forno elétrico que substituirá o atual a gás natural (o forno produz calor para as estufas de pintura para ajudar a tinta a secar mais rapidamente).
“Celebramos hoje o presente e futuro da Autoeuropa. Estes são marcos fundamentais para o futuro e modernização da fábrica. Os novos equipamentos vão ajudar na produção do sucessor do atual T-Roc, que vai contar com um design impactante, vai ser tecnologicamente sofisticado e dará continuidade ao extraordinário desempenho comercial do T-Roc”, disse na terça-feira Thomas Hegel Gunther.
A nova prensa XL conta com 7 prensas no total: uma com uma capacidade de prensagem de 2,1 toneladas e seis com 1,1 toneladas cada uma. Quando a prensa cai sobre as chapas, “o aço escoa como se fosse água”, revelou Mark Silva, o chefe de prensagem da Autoeuropa.
