Na missiva de 12 de julho de 2014, Salgado justificou a necessidade de “medidas adicionais” com a apresentação de propostas concretas de investidores instituicionais face à “situação bastante urgente”, numa altura em que, em apenas dois dias, o BES registava saídas de caixa de dois mil milhões de euros. Na carta, Carlos Costa é informado que a administração do BES reuniu na véspera e “avaliou o agravamento da situação do banco”. Este diagnóstico acabou por ser dado a conhecer ao departamento de supervisão prudencial do BdP no mesmo dia, por conferência telefónica, descrevendo-se a situação de liquidez do BES: as saídas de caixa de dois mil milhões de euros, dos quais cerca de metade de clientes da Venezuela. Uma situação descrita como de “stresse muito grave”.
Salgado enviou carta após fuga de dois mil milhões de euros
Segundo o Tribunal de Santarém, na carta enviada ao governador do Banco de Portugal (BdP), o ex-presidente do BES considerou ser “imperativo” a adoção de um plano de capitalização privada.
