A entrada faz-se triunfal pelas Portas de Rodão. Seguimos na peugada de Ibn Marwan e dos seus cavaleiros. Os cascos dos cavalos ressoam nas pedras da rampa, o seu resfolegar ecoa pelas paredes que dão acesso à entrada principal da vila. As vozes soam tensas... Rédea solta à imaginação. Nada disto vimos, mas imaginámos. Não é difícil, pois o cenário é propício a devaneios. Históricos e, porque não, ficcionais. Ibn Marwan – figura do Islão peninsular que, aqui ergueu fortificação em finais do século IX, em discórdia face ao califa – a quem Marvão deve o seu nome, talvez não desdenhasse ser protagonista de uma adaptação ao cinema. Ou quiçá liderar uma “Guerra dos Tronos”. Mas travemos a imaginação feérica que do alto de mais de 800 metros de altitude e mais de 800 anos de história teima em levantar voo!