Skip to main content

Quem é Olga aos 70?

Olga Roriz tem um ritual. A cada década que passa, parte à descoberta daquilo que o tempo lhe trouxe, a vida lhe deu e tirou. Olha para dentro de si e não condescende. Expurga a dor, o riso, as memórias, o corpo.

Se em “O Tempo, Esse Grande escultor”, Marguerite Yourcenar explora a influência do tempo sobre a arte e a vida, utilizando a metáfora do tempo como um escultor que molda e transforma tudo o que existe; no solo “O Salvado”, Olga Roriz reflete sobre como o tempo age sobre a memória, os sonhos e os anseios – seus e da sua geração –, a dor que a morte provoca, os momentos de felicidade partilhados, as cumplicidades e gestos arrancados às entranhas. Resgatados de si própria. Ou não fosse o ‘salvado’ aquilo que “se salva, aquilo que é forte, que ficou em mim”, diz, e que eventualmente ainda não dissecou.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico