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“Problema é deterioração das perspetivas para o segundo semestre”

PedroBraz Teixeira : O diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade denota o arranque fraco do segundo semestre na zona euro e o peso que tal representa na procura externa, mas duvida de mexidas não programadas dos bancos centrais face à instabilidade atual nos mercados.

As exportações desiludiram um pouco nos primeiros cinco meses do ano. O que significa esta performance para o total do ano?
Mais significativo do que o comportamento no primeiro semestre serão as expectativas sobre o segundo. Havia a expectativa que o primeiro semestre seria fraco, mas o segundo seria mais favorável, com os bancos centrais a baixar os juros de forma sensível e as economias a aliviar e a melhorar – mas este cenário parece envolto numa incerteza elevada. Os sinais preliminares do terceiro trimestre foram um bocado negativos. Passado uns dias, as bolsas ficaram muito perturbadas, talvez de forma exagerada, mas podem começar com um problema que pode ser subjetivo e passa a objetivo. O segundo semestre pode já não ser de recuperação, em particular nos mercados externos. A Alemanha começou em queda no terceiro trimestre. É possível que venha a ter uma recessão técnica, que não deve ser muito profunda, nem muito prolongada.

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