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Pressão da Rússia sobre a Ucrânia não será uma guerra europeia

Desde 1991 que a Rússia se sente acossada, muito à custa das investidas da NATO, mas também da União Europeia, sobre o seu território. Mais de 30 anos passados, a Ucrânia não faz parte de nenhum destes agregados, e o Ocidente não fará nada, além das sanções, para defender o país.

Quando Mikhail Gorbatchov deixou de conseguir impedir a desagregação da União Soviética teve a consciência de que o império iria perder uma parte das suas repúblicas e a lucidez de aconselhar o Ocidente a manter a NATO longe das novas fronteiras. Com o que Gorbatchov não contou – como não contaram muitos outros, entre eles o dissidente Alexander Soljenítsin – foi que a Ucrânia e a Bielorrússia deixassem algum dia de pertencer à nova Rússia. Quando esses dois países decidiram libertar-se do jugo de Moscovo – ficando a Ucrânia na posse de Kiev, a primeira capital da Rússia, e com a Crimeia, que passou a ser ucraniana apenas em fevereiro de 1954, para comemorar o 300.º aniversário da integração da Ucrânia no império russo –, a NATO vislumbrou uma porta de passagem até geografias próximas de Moscovo. Ao mesmo tempo, a União Europeia considerou a hipótese de convidar a Ucrânia a entrar no agregado. Ora, 30 anos depois do fim da União Soviética (presente do Natal de 1991), a Ucrânia não integra nenhuma dessas associações.

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