A Alemanha atravessa uma recessão estrutural que vai impactar a Europa. Há consciência dos riscos que o projeto europeu enfrenta quando o motor europeu está gripado?
Numa observação mais nacional, estamos em campanha eleitoral – e eu devo dizer numa nota também de apreciação pessoal – que é justo elogiar o primeiro-ministro, que nunca negou, nem durante a campanha eleitoral nem durante o exercício de funções, que a situação na Europa é difícil e que a situação internacional, tanto do ponto de vista geopolítico, e refiro-me à guerra [na Ucrânia], tanto do ponto de vista económico, em concreto [a situação] na Alemanha, levantam desafios para um país como o nosso. É precisamente por isso que [Luís Montenegro] está, obviamente, motivado para procurar soluções. Julgo que esta proximidade à realidade é fundamental nos agentes políticos... que se querem sérios. Para dar um exemplo que as pessoas percebam, apesar de, em 2024, termos observado alguns ganhos na economia alemã do ponto de vista dos salários reais, eles ainda continuam 8% abaixo da tendência anterior à pandemia... e isso significa qualquer coisa.
“Precisamos de um motor europeu para sobreviver”
Sebastião Bugalho acompanhou a volta ao país de Luís Montenegro. E diz que a crise na Alemanha e os riscos para a UE foram abordados.
