O produto interno bruto (PIB) nacional poderá sofrer um aumento até 15% em 2030 se o país apostar numa nova vaga de industrialização.
As exportações podem também aumentar até 20%, com a criação de 300 mil empregos, 60 mil qualificados.
Já as receitas fiscais para o Estado poderão subir entre 5% a 7%, segundo as conclusões do Índice de Industrialização e Transição Energética de Portugal da autoria da consultora McKinsey & Company.
Uma das grandes mais valias de Portugal são as energias renováveis que custam até 20% menos face à média europeia, sendo considerada uma "vantagem estratégica" do país pela consultora.
O diagnóstico não é famoso: Portugal sofreu uma grande queda desde 1995 relativamente ao peso da indústria no seu PIB, com um recuo de 25%. Na UE, também houve um recuo, mas menor, de 17%.
A consultora identifica a descarbonização da indústria como sendo crucial, mas também novos sectores: veículos elétricos, baterias, centros de dados e aço verde.
"Portugal tem condições para estar na linha da frente da reindustrialização. Temos recursos naturais para produzir energia renovável mais competitiva. Uma base industrial sólida, acesso a talento. Isto vai permitir estar na linha da frente da reindustrialização", disse hoje Maria João Ribeirinho (na foto) num encontro com jornalistas em Lisboa.