Poupança, exigência e qualidade de serviço prestado, sem esquecer as tomadas de decisão refletidas. São estes os principais traços do perfil do consumidor português identificados nos relatórios Retail Report 2023 e Métodos de Pagamento 2023 elaborados pela Adyen.
De acordo com o documento, 85% dos consumidores assumem procurar ativamente produtos com os melhores preços, sendo que 78% admite ter o hábito de tentar encontrar preços mais acessíveis; 31% revela que espera por alturas mais propícias a maiores descontos, como a Black Friday ou Cyber Monday, para fazer as compras que tinha planeadas.
O consumidor português ambiciona, segundo a Adyen, "experiências personalizadas e compensação pela contínua lealdade". O mesmo relatório dá conta de que 68% dos consumidores espera encontrar, nos estabelecimentos comerciais dos quais são clientes, descontos personalizados.
Além disso, 48% assume que espera que os retalhistas tenham um registo das suas preferências e do seu histórico de compras de forma a terem uma experiência de compra mais personalizada.
Sobre a implementação de soluções tecnológicas pelo retalho, o relatório sublinha que o sector atravessa por "uma transformação marcante", em que 22% das empresas já se renderam, de forma a potenciarem a experiência dos seus clientes, a "tecnologias como experiências omnicanal, inteligência artificial e automatização de marketing".
O estudo da Ayden indica, ainda, que 46% dos grupos retalhistas optaram por oferecer descontos ao longo do ano devido à inflação.
De acordo com o inquérito 'Black Friday 2023 – Inflação’ do Portal da Queixa, dado a conhecer esta semana, 52% dos consumidores revelou a intenção de participar no evento, face aos 35,6% em 2022.
Perante o aumento generalizado de preços, 35% dos consumidores revelou que pretende gastar menos do que na Black Friday anterior. Em números, 30% admitem gastar menos de 100 euros e 51% entre 100 e 500 euros.
Segundo o relatório do Portal da Queixa, 65% dos consumidores entende "que a incerteza económica atual influencia consideravelmente as suas decisões de compra neste período mais consumista do ano", enquanto "78% admite não recorrer às poupanças para comprar durante a Black Friday ou no Natal, porém, 22% assume mexer nas poupanças".