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“Para que haja mais investimento, é preciso apoiar a consolidação nas ‘telecom’ europeias”

Na semana em que anunciou uma nova oferta integrada que junta telecomunicações e eletricidade, a CEO da operadora dona do MEO partilha a sua visão sobre o futuro do sector. Ana Figueiredo acredita que o caminho passa pela convergência com a energia e outras áreas onde existam sinergias. E defende que a regulação na Europa tem de mudar de abordagem.

Lançaram esta semana uma nova oferta integrada de telecomunicações e energia (ver notícia na página 7). Porquê agora? O MEO Energia foi criado em 2020, se não estou em erro.

O MEO tem provado, ao longo da sua história, uma capacidade ímpar de ditar tendências, não só no sector que lidera em Portugal, mas também mundialmente. Sempre fomos criativos, soubemos reinventar a indústria e fomos pioneiros no lançamento de muitos produtos e serviços. Falo do lançamento da TV por IP, que tornou o MEO num case study mundial por ter conseguido inverter a queda do telefone fixo, da aposta na fibra ótica, falo da convergência fixo móvel ou da convergência fixo, móvel e TV.

No nosso sector de atuação core, as telecomunicações, o MEO já atingiu a liderança em todos os segmentos. Para crescermos e ultrapassarmos os novos desafios de um sector tão competitivo a nível nacional e global, temos de inovar. Como dizemos, inovar para liderar o futuro. É essa a nossa ambição, e vai muito mais além do que simplesmente fornecer serviços de telecomunicações. Na nossa visão de futuro, a inovação e a sustentabilidade estão sinergicamente ligadas, e torna-se estratégico conjugar as sinergias do MEO e do MEO Energia, serviços essenciais na vida dos portugueses. Não é tarde nem cedo para esta sinergia. Para nós, é o momento certo.

Queremos liderar a transformação digital e a transformação energética, dando a possibilidade aos nossos clientes de conjugar a energia, exclusivamente produzida a partir de fontes 100% renováveis, à inovação tecnológica, suportada na maior rede de infraestruturas do País.
Este foi o momento para nos reposicionarmos com criatividade, com ambição e a audácia que nos caracteriza.

Reposicionamento estratégico que também estamos a fazer em outras áreas, ex: Altice Labs, Wholesale (Cabos Submarinos, Satélites...)
 
Quais são os vossos objetivos nesta área? Quantos clientes querem alcançar com o novo serviço de telecomunicações e energia?
Na energia, queremos duplicar o número de clientes até ao final de 2024, ou seja, passar de 50 mil para 100 mil. Mas com esta sinergia, deixa de fazer sentido diferenciar ou anunciar objetivos dessa forma.
 
Utilizam energia “verde” na vossa oferta. Quem são os vossos fornecedores?
A nossa energia é comprada a parques solares e eólicos e hídricos (barragens) entre outras fontes de energia 100% renovável.
 
Qual será o investimento realizado nesta área? E na campanha que arrancou esta semana e que incluiu um reposicionamento a nível de marca?
A campanha é um movimento de reposicionamento de uma marca que assume uma nova identidade gráfica e visual e revê a sua estratégia de comunicação. Como qualquer outro, requer um investimento adequado em todos os touchpoints de marca.
Este movimento permite-nos utilizar e otimizar a nossa estrutura operacional, comercial, atendimento a cliente e capilaridade em todo o território.

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