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“O que mais influencia a poupança em Portugal são os momentos de crise”

Responsável pela poupança e investimentos do Santander, analisa o que acontecerá este ano e terá consequências no destinos que os portugueses podem dar ao dinheiro para o fazer crescer.

Os portugueses são muito conservadores a investir. Na verdade, os depósitos a prazo, apesar da fraca remuneração, continuam a ser uma escolha em regra dominante. É assim em todas as carteiras: isto é, quem mais dinheiro tem mais arrisca?
A maior ou menor aversão ao risco de um investidor é a soma de um conjunto de fatores. O nível de literacia financeira, a fase do ciclo de vida, os objetivos de consumo de médio e longo prazos, o património acumulado, são tudo variáveis que influenciam a tomada de risco. Além destes, tem sido demonstrado por diversos estudos que há também fatores culturais que influenciam a aversão ao risco, resultando em diferenças de país para país. No contexto europeu, os países latinos, incluindo Portugal, aparecem normalmente entre os mais avessos ao risco. Havendo influência de fatores culturais, mas também dos menores níveis de literacia financeira. Finalmente, destacaria que há técnicas de poupança que ajudam a mitigar a aversão ao risco. Implementando um plano de entregas mensais programadas permite alisar o momento de entrada do investimento.

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