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O que acontece quando um ‘gafanhoto’ procura pinturas raras do século XVIII?

O CEO da Blackstone, Stephen Schwarzman, agitou o mercado de arte londrino pelo valor pago por duas obras dos maiores retratistas britânicos do século XVIII.

Dizem que o senhor é um gafanhoto”, gracejou Angela Merkel por ocasião de uma reunião em Berlim com Stephen Schwarzman, cofundador e CEO da Blackstone. Em sua defesa, terá afirmado: “Sou um bom gafanhoto”. A imagem do gafanhoto, usada pela imprensa e políticos alemães, remetia para a compra de participações nas empresas do país por fundos de private equity estrangeiros, que na prática as ‘devoravam’.
Que se saiba, Schwarzman, que lidera uma das principais empresas de investimento do mundo, não foi apelidado de gafanhoto quando, na semana passada, protagonizou duas compras que deixaram o mercado de arte londrino em alvoroço, pelo valor recorde que pagou por pinturas de Joshua Reynolds e Thomas Gainsborough, os mais relevantes retratistas da sociedade britânica do século XVIII, e rivais nessa arte.
O homem que também gosta de se apresentar como filantropo, ao qual pode somar, desde o ano passado, o título de cavaleiro honorário atribuído pelo governo do Reino Unido, está, segundo o jornal britânico “Financial Times”, a restaurar uma propriedade com cerca de mil hectares em Wiltshire, no sudoeste de Inglaterra, que comprou por 80 milhões de libras (95 milhões de euros), em 2022.

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