Mais do que a tradicional magistratura de influência, foi uma demonstração de poder. O Presidente da República ameaçou com o exercício de “todos os seus poderes” e o primeiro-ministro cedeu à pressão, logo no dia seguinte, atendendo a todas as exigências. Começando pela aceitação da demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que já tinha pedido para sair - “insistentemente” - há quatro meses, “logo a seguir à tragédia de Pedrógão Grande”, lê-se na carta (divulgada na quarta-feira) em que a ministra formalizou o seu pedido de demissão a António Costa, rematando: “Até para preservar a minha dignidade pessoal”.