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O futuro do dinheiro

Hoje o dinheiro é informação, mas nem sempre foi assim. Inicialmente, o dinheiro era uma reserva de valor tangível que facilitava as transacções económicas, substituindo a troca directa de bens. Sendo o valor algo atribuído por quem o utiliza, o ouro tornou-se uma preferência devido às suas excelentes propriedades físicas como metal. Ainda hoje é assim, não como moeda, mas como refúgio de valor.

Historicamente, o papel-moeda estava indexado ao ouro armazenado pelos estados, sendo o dinheiro na mão dos seus detentores um direito ao valor correspondente em ouro garantido juridicamente pelo respetivo Estado. Muito convenientemente, a evolução das tecnologias da informação permitiu passar a gerir o registo desses direitos com a informática e com custos marginais negligenciáveis. Assim, em vez de notas, moedas, e cheques bancários, entre outros, o sistema financeiro passou a poder manipular directamente as contas bancárias também de forma informática.
Contudo, com o crescimento económico, e o aumento da liquidez exigida pelos mercados, tornou-se necessário encontrar alternativas ao ouro, pois este teria de crescer à mesma velocidade dessa liquidez. Nasceu assim a moeda fiduciária, que deixou de ter suporte tangível, passando a representar valor económico sustentado pelas economias dos próprios estados.

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