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O empresário com alma de jornalista

Independentemente de se ser próximo ou não de Francisco Pinto Balsemão, há uma coisa que se vê a olho nú: o dono do “Expresso” é um empresário com alma de jornalista.

Independentemente de se ser próximo ou não de Francisco Pinto Balsemão, há uma coisa que se vê a olho nú: o dono do “Expresso” é um empresário com alma de jornalista. “Ao longo da minha já longa vida a causa que mais me tem motivado é a da luta pela liberdade de expressão e pela liberdade de informação”. As palavras são do autor do livro “Memórias”, editado pela Porto Editora. Só isto bastaria para demonstrar que estamos perante um empresário que tem alma de jornalista. Dois vetores centrais atravessam o livro onde o patrão do “Expresso” e da SIC, conhecido jornalista, empresário e político, relata as suas memórias e percorre o país antes e depois do 25 de abril. A década de 80 foi a década por excelência da construção da democracia, segundo o autor, que foi primeiro-ministro de Portugal durante dois anos e meio nessa década (1981-1983). “Sempre me empenhei em criar instituições”, garante. O “Expresso” é publicado desde 1973. Já a SIC faz transmissões desde 1992 e foi o primeiro canal de televisão privado a operar em Portugal. O livro tem 23 capítulos e mais um, cujo título é “Deixar o mundo um pouco melhor”. Começa com os primeiros anos do autor, de 1937 a 1968. A segunda parte refere-se ao período em que Balsemão teve um papel no jornalismo e na política. Entre 1968 e 1979, Portugal passa “da ditadura à democracia”, é nessa altura que o livro aborda o 25 de abril e a criação do “Expresso”. Na terceira parte, fala do PSD, dos Governos da AD e da consolidação da democracia. Um período que vai de 1974 a 1983. O polémico tema da morte de Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa é abordado. O fundador do grupo Impresa recorda os tempos em que foi deputado da Ala Liberal, a fundação do então PPD, hoje PSD, e as atribulações do tempo em que sucedeu a Francisco Sá Carneiro.

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