Banqueiro mais emblemático do final do século XX e da primeira década do século XXI, Ricardo Salgado tinha tudo. Era o orgulho da alta finança nacional. Circulava na alta roda e tinha a sociedade portuguesa (e não só) a seus pés. Era o representante de uma família e de um banco centenários. O banqueiro que se orgulhava de apoiar governos (independente da cor política) em nome de um desígnio nacional. Era o timoneiro de uma família que pertence à beautiful people e que delegava cegamente tudo no presidente do Banco Espírito Santo (BES). Organizava os jantares de Natal da família e os encontros em Lausanne, onde tinha os parentes unidos à sua volta.