Skip to main content

O ano do macaco: Deambulações intimistas

Prolongo a minha estada na cidade de Pessoa, embora não seja fácil dizer o que ando bem a fazer. Lisboa é a cidade ideal para nos deixarmos levar pelo tempo.

Prolongo a minha estada na cidade de Pessoa, embora não seja fácil dizer o que ando bem a fazer. Lisboa é a cidade ideal para nos deixarmos levar pelo tempo. Manhãs em cafés a escrevinhar umas coisas em mais um caderno, parecendo que cada página em branco oferece uma fuga, ao receber a fluidez constante da caneta. Durmo bem, sonho pouco, limito-me a existir apenas num intervalo que ninguém interrompe. Num passeio ao crepúsculo, a música ecoa pela velha cidade, evocando em mim a voz harmoniosa do meu pai a trautear baixinho “Lisbon Antigua”, precisamente, uma das suas melodias favoritas. Lembro-me de, em criança, lhe ter perguntado o que queria dizer o título. Ele sorriu e disse que era um segredo.”

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico