Skip to main content

Nvidia e inflação nos EUA marcam semana

Fecho da bolsa: Se a Nvidia impulsionou os mercados no início da semana, a inflação norte-americana acima do esperado travou os ímpetos compradores no final da semana.

A primeira metade da semana foi marcada pelo bom desempenho da Nvidia, tendo o seu comportamento impulsionado o sector dos semicondutores e contagiado positivamente as restantes empresas tecnológicas. A fabricante de chips mais valiosa do mundo superou sustentadamente os 500 dólares por ação, valorizando cerca de 12%, cotando muito perto dos 550 dólares. Na segunda-feira, a Nvidia revelou novos processadores gráficos para desktop aproveitando a inteligência artificial, facto que impulsionou a capitalização de mercado até aos 1350 mil milhões de dólares, o que a torna a quinta empresa mais valiosa do S&P 500, estando a apenas 250 mil milhões de dólares do market cap da Amazon. A Nvidia esteve em alta no ano passado graças à revolução da Inteligência Artificial (IA) generativa. A empresa vende os chips mais procurados que ajudam a habilitar tecnologias de IA. O interesse nas ações da Nvidia, depois de estas terem mais do que triplicado em 2023, é uma prova de como continuam a ser elevadas as expectativas de procura pelos chips da Nvidia utilizados na computação de inteligência artificial. As suas receitas aumentaram 206% no terceiro trimestre e deverão aumentar 232% no quarto trimestre, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Entretanto, o índice de preços no consumidor nos EUA (IPC) aumentou mais do que o esperado em dezembro, sustentado pelas rendas de casas e equivalentes. Representando um terço do IPC, o shelter manteve a sua tendência de alta, podendo atrasar o tão esperado corte das taxas de juro em março pela Fed. No entanto, a probabilidade de uma descida de 25 pontos base na reunião de 20 de março da Fed é atualmente de 70%. O IPC subiu 0,3% no mês passado, depois do aumento de 0,1% em novembro, tendo sido o custo da habitação responsável por mais de metade do aumento da variação mensal da inflação de preços no consumidor em dezembro. Em boa verdade, os progressos, no sentido de uma inflação no consumidor mais baixa, têm sido limitados pelas rendas persistentemente elevadas. Nos 12 meses até dezembro, o IPC nos EUA subiu 3,4%, após aumento de 3,1% em novembro.

A aceleração dos dados da inflação norte-americana em dezembro corrobora também uma economia ainda resiliente, suportada por um mercado de trabalho robusto. O número de americanos que solicitaram subsídios de desemprego caiu para o nível mais baixo em quase três meses na semana passada, à medida que o mercado de trabalho dos EUA continua a flexibilizar a força, apesar dos juro elevados.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico