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Nvidia continua a suportar máximos dos índices

Fecho da Semana: Os mercados acionistas mantêm-se fortes, mas são cada vez menos as empresas que os suportam, sobretudo entre as mag 7 (Amazon, Apple, Meta Platforms, Microsoft, Nvidia e Tesla).

O importante testemunho de Powell perante o Congresso (na quarta-feira na Câmara dos Representantes e na quinta-feira diante do Senado), depoimento que acontece apenas duas vezes por ano, abriu a porta a cortes nas taxas de juro este ano, mas uma descida aquém do esperado pelos investidores. Entretanto, a Fed publica as suas perspetivas económicas trimestrais e o respetivo ‘dot plot’ no próximo dia 20 de março, sendo este o momento mais marcante do banco central dos EUA a cada trimestre.

Enquanto isso, os resilientes números do mercado de trabalho continuarão a mostrar também uma subida dos salários? É certo que o GDP Now publicado pela Fed de Atlanta perdeu força, perspetivando agora um crescimento de “apenas” 2% no Q1. E quanto aos números da inflação da próxima terça-feira? Mostrarão uma inflação core idêntica a 3,9% do mês passado? A inflação medida pela Fed de Cleveland não antecipa atualmente nenhum abrandamento. O petróleo tem subido e gradualmente deixa de contribuir favoravelmente para a diminuição do IPC geral. O shelter ainda não deu tréguas. Bostic referiu na terça-feira que espera apenas um corte das taxas de juro em 2024, nomeadamente no Q3, e depois pausar. Apenas 25 pontos e pausar, significa ‘higher for longer’ e contínua deterioração dos rendimentos disponíveis, renovação dos empréstimos a taxas mais elevadas, aumento do serviço da dívida do tesouro dos EUA, agravamento dos balanços dos bancos. O ‘dot plot’ de 20 de março pode deixar cair os três cortes de dezembro e antecipar apenas um em 2024. Sendo assim, não são de descartar no médio prazo, um ou dois anos, eventos semelhantes à implosão das dotcoms em 2000 ou à crise do imobiliário em 2008.

O S&P 500 subiu 1000 pontos desde o mínimo do final de outubro, quatro meses de ganhos, registando máximos históricos consecutivos. Adivinhar máximos é proibido. No entanto, uma postura mais hawkish da Fed poderia desencadear uma correção. É certo que o FOMO é muito elevado, mas tem diminuído nas últimas semanas. Começa a ser apenas a Nvidia a suportar os ganhos do Nasdaq. Incorporará já a atual cotação da Nvidia os 24 mil milhões de dólares de receita e 77% de margem bruta previstos para o Q1? Os resultados serão publicados na segunda metade de maio. A concorrência será uma realidade no mercado de GPUs para Data Center, sobretudo na parte da computação. A AMD e Intel desejam uma fatia bem maior… pressionando desta forma as margens da Nvidia. Dificilmente este ano a Nvidia conseguirá duplicar os 29 mil milhões de dólares de lucro do ano anterior (terminado a 28 de janeiro), o que mesmo assim significaria um PER de 40.

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