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Nunca o comboio foi tão sedutor como neste tempo vertiginoso

De comboio. Serenamente. Paisagens que têm o mar como denominador comum. Eis cinco rotas para explorar em 2026. Sem pressa.

Não temos uma explicação científica, mas dificilmente será por acaso que há tantas cenas marcantes de filmes passadas em estações de comboios, carruagens, naquela cadência que lhe é tão particular. Na literatura também. O comboio sempre exerceu um grande fascínio sobre os humanos. E não será a banalização do avião que nos vai privar deste emaranhado de memórias sobre carris. Umas vividas, outras sonhadas.
E antes que alguém se insurja e classifique o comboio de “coisa nostálgica”, arquelogia industrial, já nos instalámos, confortavelmente, saboreando o tempo como um compasso musical. A proposta é simples. Escolher um itinerário e seguir pela orla costeira ou por entre lagos de um azul intenso. Alasca, Sul da Califórnia, Vietname ou costa amalfitana, sem esquecer a Nova Zelândia.
É nos antípodas que iniciamos este périplo. Na Nova Zelândia, país constituído por duas ilhas principais, a ilha Norte e a ilha Sul, separadas 32 km pelo estreito de Cook. A ilha que nos interessa é a Sul e o trajeto entre Picton e Christchurch. Um banquete pantagruélico de montanhas verdejantes, umas, como em Picton, imponentes, outras, como as Kaikôura, a contrastar com o azul do Pacífico. Onde também cabem as areias em tons rosa das margens do Lake Grassmere, uma lagoa natural à beira-mar usada para a produção de sal. É verdade que pode degustar vinhos neozelandeses a bordo do Coastal Pacific, mas fica a sugestão: saia em Blenheim e explore a região vínica por excelência dos Kiwis, Marlborough. Se preferir a vida marinha e a observação de baleias, então siga viagem até à cidade costeira que tem o nome das montanhas que a protegem, Kaikōura.

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