O desejo de harmonia no mundo norteou a escolha do programa desenhado para receber 2026. É com esse espírito que a Orquestra Gulbenkian e o maestro Hannu Lintu se propõem interpretar um repertório concentrado na música francesa, incluindo passagens pelas obras de Camille Saint-Saëns (Sansão e Dalila) e Georges Bizet (a famosíssima Carmen). A soprano norte-americana J’Nai Bridges, vencedora de dois prémios Grammy abre o ciclo (7, 8 e 9 de janeiro), acompanhada pela Orquestra Gulbenkian, num diálogo entre a modernidade e a herança musical europeia. Segue-se a Sinfonia n.º 44 em Mi menor, Hob. I:44, “Luto”, de Joseph Haydn, composta entre 1770 e 1771 para a corte dos Príncipes Esterházy. “Trata-se de uma das mais expressivas sinfonias do período Sturm und Drang, que se carateriza por uma escrita intensa e emotiva e surpreendentes viragens harmónicas”, como salienta o programa, que fecha com duas composições de Jacques Offenbach: Orfeu nos infernos: Abertura e La Périchole: “Ah quel diner“.
Música, muita música para adoçar o novo ano
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Janeiro na Fundação Gulbenkian traz uma série de propostas que, não sendo um antídoto para os males do mundo, será certamente um elixir para os próximos tempos. De Bizet e Bellini à Grande Missa de Mozart.