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Novo Nordisk valoriza devido ao Wegovy

As conclusões de um estudo sobre medicamento para a perda de peso poderão ter travado a desvalorização da dinamarquesa Novo Nordisk. Resta saber até quando.

Depois da tempestade vem a bonança. Assim poderia ser definida a semana da Novo Nordisk. A divulgação de que o Wegovy, medicamento para a perda de peso, reduzia em 57% o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC), ou morte, face à tirzepatida, trouxe ânimo aos investidores e fez com que as ações subissem mais de 2% logo na segunda-feira.
Estas conclusões foram obtidas num estudo que envolveu pessoas com obesidade e doenças cardiovasculares. ”O estudo [que foi apresentado em Madrid (Espanha)] demonstrou [também] uma redução significativa de 29% no risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e morte por qualquer causa nos utilizadores de Wegovy, em comparação com os utilizadores de tirzepatida em todas as pessoas tratadas, independentemente de quaisquer lacunas no tratamento”, referiu a Novo Nordisk.
A farmacêutica adiantou ainda que este estudo vem juntar-se às “crescentes evidências” que sugerem que os benefícios de proteção cardíaca observados com o Wegovy são “específicos” da molécula de semaglutida e, portanto, “não podem ser estendidos a outros tratamentos baseados em GLP-1 ou GIP/GLP-1”.
Por breves momentos foi colocado um ponto, veremos se ‘final’, na enorme quebra que a Novo Nordisk tem tido em bolsa este ano. Atualmente, a desvalorização da farmacêutica dinamarquesa, que era a mais valiosa da Europa (lugar que já não ocupa), em junho, atinge os 43,3% desde o início do ano e já caiu 59,9% no espaço de um ano.
Recorde-se que a empresa dinamarquesa reviu em baixa, em junho, as suas projeções de venda e de lucro operacional. Resultado? As ações caíram 25% em dois dias.
No caso das vendas, a empresa baixou o crescimento para o intervalo entre os 8%-14% face ao anterior intervalo de 13%-21%, e a subida do lucro operacional desceu para o intervalo entre 10%-16% face ao anterior intervalo de 16%-24%.
A baixa das perspetivas da farmacêutica levou a que o Bank of America, HSBC e Barclays decidissem fazer um downgrade às ações da Novo Nordisk.
No caso do Bank of America e do HSBC, o downgrade foi de ‘compra’ para ‘neutro’, enquanto o Barclays baixou as ações da empresa de overweight para equalweight.

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