Entre 1862 e 1863, Fiódor Dostoievski fez várias viagens pela Europa. Tinha 40 anos e nunca saíra da Rússia. A expetativa era tal que não se conseguiu decidir por alguns lugares em particular; queria ir a todo o lado. Assim, em apenas dois meses e meio, esteve em Berlim, Dresden, Wiesbaden, Baden-Baden, Colónia, Paris, Londres, Lucerna, Genebra, Génova, Florença, Milão, Veneza e Viena, entre outras cidades, nalgumas inclusivamente duas vezes.
Notas de inverno sobre Impressões de Verão: O périplo europeu de Dostoievski
“Notas de Inverno sobre Impressões de Verão”, agora editado em Portugal pela Relógio d’Água (com tradução e notas de António Pescada), reúne observações de viagem, esboços e comentários, que no conjunto constituem uma tipologia mais imaginária do que real do ocidente, e onde o leitor encontra a prosa inconfundível de um dos maiores escritores russos, autor de “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamazov” ou “O Jogador”.
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